segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Conheça os 13 principais exercícios para reabilitação do Joelho

O joelho é uma das maiores e mais importantes articulações do corpo. A articulação do joelho é composta por três ossos: fêmur, tíbia e patela. Além desses componentes rígidos existem estruturas como o menisco, tendões e ligamentos.

Por se tratar de uma articulação suscetível a lesões diretas e indiretas, a incidência de lesões nos joelhos é considerada alta, pois afeta desde jovens atletas até idosos. As patologias do joelho podem ter origem genética, traumática e até mesmo serem causada por hábitos posturais inadequados.

As lesões de joelho mais comuns são: lesões ligamentares (ligamento cruzado anterior, posterior, colateral medial e lateral), lesão de menisco, tendinite patelar, luxação de patela, condromalácia patelar, artrose e síndrome do trato iliotibial.

Mas você sabia que o Método Pilates pode ser uma boa ferramenta para o tratamento? Confira abaixo os principais exercícios para reabilitação do joelho e saiba como aplicá-los com segurança e eficácia.  

Principais exercícios para reabilitação do joelho

1.  Alongamento de cadeia posterior

Esse exercício é muito importante para as disfunções do joelho. Caso seu aluno tenha uma flexibilidade satisfatória, você poderá colocar uma caixa pequena para aumentar a amplitude do movimento deste alongamento.

Por se tratar de um alongamento em cadeia fechada, este exercício para reabilitação do joelho é bastante benéfico para os pacientes que apresentam instabilidade.

 2. Alongamento de isquiotibiais

Os benefícios deste alongamento são a estabilização da coluna durante a execução e a inibição da descarga de peso. 

Este posicionamento também pode ser realizado para fortalecimento muscular, podendo o profissional colocar mais molas para que o exercício se torne resistido.

3. Monkey

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Para uma maior diversidade das aulas durante o tratamento, você poderá também utilizar o alongamento Monkey, que além de alongar isquiotibiais alonga também a cadeia posterior de tronco e cintura escapular.

Este alongamento de adutores e extensores da coluna auxilia também na mobilização da coluna vertebral, visto que o posicionamento da pelve também tem influência em algumas patologias do joelho, como a condromalácia e a tendinite patelar. 

4. Roll Up

Além de ser um ótimo alongamento, é também um exercício de mobilidade vertebral e fortalecimento abdominal. 

Devemos lembrar que um paciente que apresenta alterações funcionais no joelho tem de ser tratado como um todo. Sendo assim, seu tratamento não deve ser voltado apenas para o fortalecimento de alongamento de MMII.

5. Footwork 

Esse exercício de alongamento de iliopsoas e quadríceps é importante para a saúde do joelho, visto que se os mesmos se encontram encurtados, a pressão na patela pode aumentar.

5.1. Footwork no Reformer

 Ao diminuirmos a carga sobreposta no joelho estamos permitindo ao músculo que se fortaleça, sem sobrecarregar as estruturas articulares (ossos, meniscos, cartilagens). 

Desta forma, o footwork no Reformer é um dos exercícios para reabilitação do joelho mais benéfico. Pode ser realizado de forma unipodal ou bipodal. Ao ser executado de forma unipodal, estamos realizando um exercício isométrico em um membro inferior e uma atividade isotônica no outro membro inferior.

5.2. Footwork na Chair

A Chair nos permite uma infinidade de exercícios que são seguros e eficazes, tanto para alongamento quanto para fortalecimento. O footwork também pode ser executado nela de maneira unipodal ou bipodal.

Footwork em abdução pode aumentar a contração de glúteo máximo, visto que é executado com rotação externa de quadril. E isso é muito válido, pois o glúteo máximo é um músculo triplanar e um importante estabilizador da marcha. 

6. Agachamento

Para que o agachamento seja executado através de uma estratégia facilitadora, o mesmo pode ser realizado com apoio na barra da Chair, desta forma o aparelho diminuirá a incidência de peso no joelho e o aluno se sentirá mais motivado, por estar conseguindo agachar. 

Para a ativação excêntrica mais eficiente de quadríceps, a execução do agachamento na rampa é embasada pela literatura para o tratamento da tendinite patelar. É importante que o instrutor solicite que a descida do movimento seja feita de forma unipodal e a subida bipodal.

Mas, atenção, este exercício deve ser indicado com precaução, principalmente para pacientes que apresentam degeneração articular.

7. Going up 

O going up é uma ótima opção para pacientes que têm indicação da cadeia cinética fechada. As molas da barra da Chair podem auxiliar ou tornar o exercício mais difícil, tudo isso vai depender da capacidade do seu aluno. 

Existe também sua variação lateral que teoricamente apresenta uma maior ativação de adutores e glúteo médio. 

A ativação abdominal, de MMII e de estabilizadores torna este exercício uma ótima opção, pois a carga colocada sobre os joelhos é mínima.

 8. Prancha Lateral

 A prancha lateral nos garante uma ótima ativação de estabilizadores, principalmente de glúteo médio, um músculo muito importante para as disfunções do joelho. 

Deve-se observar se o posicionamento adotado pelo aluno é correto durante a execução do exercício para evitar que o mesmo não sobrecarregue grupos musculares acessórios. Caso o aluno esteja realizando rotação ao elevar o quadril, devem ser adotadas estratégias facilitadoras.

A prancha lateral com apoio nos joelhos é uma forma de tornar o exercício mais simples, sem tirar sua eficiência. Além de trabalhar também a ativação isométrica do membro inferior contralateral.

É importante ter-se cautela durante sua execução de suas variações, pois onde o apoio é nos pés, há aumento do estresse do LCA e aumento da pressão na patela. Já a execução com apoio nos joelhos pode gerar desconforto nos pacientes que sofrem de condromalácia, artrose e degeneração meniscal.

9. Ponte

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Por ser um exercício considerado completo e por apresentar uma grande variação de execução, a ponte tem sido indicada para as mais diversas alterações da articulação do joelho.

10. Clam

O Clam é um exercício que objetiva o fortalecimento de glúteo médio. Em decúbito lateral, o aluno deve manter o crescimento axial e quadril neutro, quadril e joelho levemente fletidos e pés seguindo o alinhamento do quadril. 

Na expiração realiza-se a abertura da perna de cima, sem desencostar um pé no outro.

11. Stretches Front

Em pé, mantendo o crescimento axial com apoio unipodal, o aluno deve flexionar o quadril contralateral sobre o Barrel. Flexionar também, suavemente, o tronco na expiração, levando os membros superiores em direção ao pé.

12. Tower

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Tower é um ótimo exercício para reabilitação do joelho pois busca fortalecer o quadríceps e alongar a cadeia posterior dos membros inferiores.

Realizado em decúbito dorsal, o aluno deve apoiar o retro pé na barra torre, estender o joelho realizando a expiração e retornar à posição inicial.

Alguns cuidados devem ser tomados a fim de evitar complicações, como: não permitir que o paciente retire o quadril do Mat, e caso o encurtamento seja muito grande posicione o paciente mais para cima no Cadilac. Caso você queira priorizar o fortalecimento utilizar molas mais resistentes.

13. Hip Stretch 

O objetivo deste exercício é alongar os isquiotibiais, pectíneo, grácil, adutor longo, adutor curto, adutor magno e fortalecer os músculos quadríceps femoral, glúteos mínimo, médio e máximo, piriforme e tensor da fáscia lata.

O aluno deve estar posicionado em decúbito lateral, apoiar o antepé do membro inferior posicionado para cima na parte anterior da barra torre, realizando a extensão do joelho na expiração e retornando à posição inicial com o joelho fletido.

Atenção com hiperextensão do joelho, sair do alinhamento de tronco!

Conclusão

Como podemos perceber, o Método Pilates possui excelentes exercícios para reabilitação do joelho, constatando assim, a sua eficiência no tratamento das patologias.  

Vale ressaltar, a importância de nós instrutores realizarmos um tratamento global com o aluno – não focar apenas nas lesões do joelho – e também, não indicar exercícios que vão além de suas capacidades. 

Sem dúvida alguma, se conseguir oferecer um tratamento adequado e seguro, você e seu aluno perceberão a consequente melhora nas atividades diárias e a motivação em praticar o Método.



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